SELES NAFES
A ex-candidata a vice-prefeita de Macapá pelo PHS, a empresária Dayane Lima, foi conduzida para a sede da Polícia Federal do Amapá durante a Operação “Olho de Tandera”, na manhã desta quarta-feira (20).
A operação investiga crimes de gestão temerária, gestão fraudulenta, apropriação indébita especial financeira, instituição financeira irregular, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
Os crimes teriam ocorrido em cidades do Amapá, Tocantins, Pará e região do Marajó. Ao todo estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, e 13 de condução coercitiva. As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Criminal Federal de Belém, onde correm as investigações.
No Amapá, a PF deu somente apoio no cumprimento dos mandados. Um deles em um prédio onde mora a empresária que disputou as eleições do ano passado na chapa encabeçada por Dora Nascimento (PT). O apartamento fica no Marabaixo I, na zona oeste de Macapá.
Outro prédio visitado pelos policiais federais fica na Avenida FAB, no Centro de Macapá, onde funciona o escritório da empresária.
Dayane Lima foi casada com o empresário Elton Félix Gobi Lira, que cumpre prisão preventiva em Belém desde julho por estelionato e crimes contra o sistema financeiro. Ele é acusado pelo Ministério Público do Pará de aplicar golpes de mais de R$ 24 milhões em investidores do mercado de ações e fundos de pensão.
Segundo a PF, as investigações começaram quando fundos de previdência de várias cidades transferiram mais da metade de seus recursos para empresas privadas e não conseguiram o ressarcimento.
As empresas seriam de fachada, e não teria autorização do Bacen e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do Ministério da Fazenda, como é o caso das empresas de Elton Lira.
A Operação Olho de Tandera utilizou 65 policiais federais nos três estados. Uma coletiva de imprensa em Belém irá dar mais detalhes sobre as investigações.