SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá rejeitou por unanimidade as três últimas ações movidas pelo candidato derrotado para o Senado em 2014, Gilvam Borges (PMDB), que pediam a cassação do diploma e do mandato do senador Davi Alcolumbre (DEM). O julgamento do Pleno do TRE começou na segunda-feira e foi retomado na tarde desta terça-feira (12).
Desde que foi derrotado em 2014, Gilvam Borges já moveu seis ações contra Davi Alcolumbre. Nas três primeiras ele alegou que Davi foi beneficiado durante politicamente pelas gestões do então governador Camilo Capiberibe (PSB) e do prefeito Clécio Luis (REDE). Todos os pedidos foram julgados improcedentes.
As três últimas ações centraram fogo na prestação de contas da campanha de Davi Alcolumbre, apontando supostas contradições com gastos com combustíveis, utilização de veículos e até a condição legal de um dos coordenadores foi questionada.
“No total eram mais de 50 volumes de documentos, uma metralhadora que atirava para todos os lados. Mas cada item que foi apontado nós rebatemos juridicamente com fatos, provas e até o Ministério Público deu parecer de que nada restou provado”, comentou o advogado de defesa do senador, Paulo Santos.
“Todas as contas da campanha foram aprovadas sem ressalva, ao contrário das do Gilvam que tiveram ressalva”, disparou.
No total foram 6 votos a zero. No primeiro dia de julgamento, um dos magistrados pediu vistas e a audiência acabou sendo suspensa depois do voto da relatora, a desembargadora Sueli Pini.
Na retomada do julgamento todos os juízes votaram seguindo o entendimento da desembargadora Sueli Pini. Gilvam Borges ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Davi Alcolumbre, que estava em Brasília, disse que já esperava pelo resultado do julgamento por confiar na Justiça.
“Sigo trabalhando”, disse em suas redes sociais.