ANDRÉ SILVA
Quase 10 mil pontos de luz já foram substituídos em 24 bairros e em 11 distritos de Macapá por meio do programa Macapá Luz, lançado em maio deste ano. As principais dificuldades encontradas pela equipe da Prefeitura Municipal de Macapá é a falta de informação sobre os pontos existentes e a precariedade na estrutura física da rede de distribuição da cidade.
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) é responsável por acompanhar os trabalhos das equipes que estão nas ruas diariamente. A maior dificuldade apontada é a falta de um cadastro de iluminação pública confiável. No início das negociações de transferência de responsabilidade da iluminação pública da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) para a PMM, sabia-se que 50% do parque de iluminação estaria no escuro, mas na realidade havia bem mais que isso, segundo a administração municipal.
Além disso, há péssimas condições nas redes de distribuição de energia do município, o que provoca a queima de lâmpadas recentemente substituídas.
“Há vários braços de luminária novos para colocar no parque só que temos que ter cuidado. Sabemos que a rede de distribuição de Macapá está muito sobrecarregada e defasada, então se aumentar a carga dela, pode dar problema com falta de energia em bairros”, explicou o subsecretário de obras, Antônio Ferreira.
Para evitar esse tipo de transtorno, Ferreira explicou que as equipes estão simplesmente substituindo as lâmpadas queimadas por outras iguais.
Pontos mais críticos
Ele avalia que os pontos mais críticos encontrados pelas equipes estavam nos bairro Marabaixo onde havia mais de 500 lâmpadas apagadas, em seguida Goiabal e o Arquipélago do Bailique onde, segundo informou, não haviam nem braços de luminária. Lá as equipes implantaram 50 pontos de led.
Alguns bairros mais populosos da capital ainda não foram atendidos como: Novo Horizonte e Zerão. A PMM explica que há um risco grande em acender todas as lâmpadas desses bairros, e por causa da deficiência e precariedade da rede de distribuição, o resto da cidade sofre com apagões.
“Pode ser que aconteça, mas também pode ser que não. Só temos que ter cuidado de não aumentar a carga. De fato esse é um problema maior da distribuidora de energia, só temos que ter o cuidado de não atrapalhar e trazer problemas para a população”, ponderou o subsecretário.
Ferreira afirma que a solução para os problemas de sobrecarga seria a substituição das lâmpadas convencionais por lâmpadas de led, mas o Município ainda não pode arcar com esse investimento porque ainda não tem capacidade financeira.
“Nossa capacidade financeira não suporta os nossos sonhos. Neste sentido vem a Parceria Publico Privada (PPP). Ela é um tipo de contrato que pode ser assinado por um longo período e que aí a empresa consegue ter uma garantia melhor para fazer algum tipo de investimento maior porque ela sabe que com dois ou três anos consegue ter um retorno disso”, explicou.
O programa vai continuar até novembro, que é quando termina a primeira etapa do projeto. O próximo passo é contratar a empresa para gerenciar a iluminação pública na cidade o terceiro então a licitação para a contratação de uma PPP.