NOTA DO EDITOR
Os jornalistas tiveram muitas dificuldades para registrar os momentos do processo de transferência do ex-deputado estadual Edinho Duarte para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), na tarde desta segunda-feira (25).
Apesar do planejamento dos policiais civis, a pedido da defesa, para impedir imagens que pudessem ser constrangedoras para o político, os repórteres mais insistentes conseguiram mostrar que a transferência ocorreu sem nenhum tipo de regalia.
Edinho Duarte cumpria a pena de 13,4 anos em regime domiciliar desde o dia 18 de abril, depois de passar os primeiros meses no Centro de Custódia do Zerão, na zona sul.
Contudo, nesta segunda, ele perdeu o benefício depois que uma investigação do Ministério Público do Estado (MPE) concluiu que o ex-deputado infringiu as regras da prisão domiciliar. Uma delas é não poder usar o telefone celular. Ele recebeu a ordem de prisão quando participava de audiência na Vara de Execuções Penais.
Por volta das 15h, escoltado pela PM, ele foi conduzido até o Ciosp do Pacoval, onde o delegado de plantão solicitou o exame de corpo de delito. Como qualquer outro preso, o ex-deputado aguardou por mais de 3 horas para que uma equipe o levasse até a Polícia Técnica do Amapá (Politec) para fazer o exame.
Por volta das 18h, ele chegou à Politec, onde fez o exame. Em seguida, o homem que já foi presidente da Câmara de Vereadores da capital, e depois o primeiro secretário geral da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), além de se tornar um dos políticos mais poderosos e influentes do Estado, precisou dividir o pequeno espaço no camburão da Polícia Civil junto com outros presos que estavam retornando para o Ciosp.
Somente por volta das 20h, já com a escolta de agentes penitenciários, ele retornou para o Iapen, na Rodovia Duca Serra. A defesa dele está recorrendo da decisão.