Temer recua, e “desiste” de extinguir a Renca

Decisões judicias já havia determinado a suspensão do decreto
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SELES NAFES

Pelo menos por enquanto, o governo do presidente Michel Temer (PMDB) está desistindo de abrir para a exploração mineral a área onde hoje fica a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), entre o Amapá e o Pará. A revogação do decreto que extinguia a Renca deverá ser publicada nesta terça-feira (26), no Diário Oficial da União.

Atendendo a uma ação do senador Randolfe Rodrigues (REDE), que encabeçou uma campanha nacional pela manutenção da Renca, a Justiça Federal do Amapá já havia suspendido os efeitos do decreto publicado no dia 23 de agosto.

O fim da reserva, que compreende mais de 4 milhões de hectares entre o Amapá e o Pará, abriria essa parte da floresta amazônica para a exploração de ouro, manganês, tântalo e outros minerais. A área é cortada por 9 unidades de conservação, entre elas o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e terras indígenas.

Pressionado pela opinião pública e por decisões judiciais, Temer publicou portaria no dia 5 de setembro suspendendo os efeitos do decreto, garantindo participação da sociedade civil na discussão sobre o destino da Renca.

O senador Randolfe Rodrigues disse que a vitória foi de castanheiros, índios, moradores ribeirinhos, artistas e da comunidade internacional. 

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