FERNANDO SANTOS
Uma sessão na Câmara de Vereadores de Santana, nesta terça-feira, 26, cobrou providências para eliminar as constantes quedas de energia na cidade. Os parlamentares falaram da possibilidade de criar uma comissão especial para apurar com rigor os problemas no fornecimento do serviço, além de judicializar uma ação contra os responsáveis.
“É inaceitável que tenhamos, ao longo desses meses, tantos prejuízos causados para a população santanense. Vamos, sim, criar uma comissão, e, quem sabe, entrar com uma ação para responsabilizar as empresas”, falou o vereador Doutor Fabiano.
Para a sessão desta terça-feira, foram convidados representantes da Eletronorte e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Apenas o gerente regional da Eletronorte, Elton Valentin, compareceu. Ele falou na ocasião, que os problemas da empresa foram pontuais e resolvidos dentro do tempo esperado. Segundo ele, o principal problema que causou instabilidade no fornecimento de energia elétrica, foi a divisão do serviço com o conjunto Macapaba II, recém inaugurado na capital.
“Durante esse período, nós tivemos alguns problemas de nossa responsabilidade e que tiveram o tempo de resposta dentro do aceitável do que pregam as normas padrão. Alguns, na nossa subestação, causaram um pouco mais de transtorno, mas viemos aqui para esclarecer o que é de nossa responsabilidade e o que é da CEA”, falou Valentin.
De acordo com os vereadores, os constantes problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica no segundo maior município do estado, está provocando prejuízos à população.
Há cerca de três meses, Santana registra frequentes faltas de energia elétrica, especialmente nos bairros Fonte Nova, Parque das Laranjeiras e Novo Horizonte. Com a situação, os prejuízos contabilizados crescem cada vez mais, com danos em eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Junior Monteiro, presidente da Associação de Moradores do Parque das Laranjeiras, disse que o problema se agravou nos últimos 30 dias.
“A falta de energia estava ocorrendo quase que diariamente. Só que nos últimos tempos a situação piorou já que faltava e voltava de quinze em quinze minutos. Com isso não tem televisão ou outro aparelho que resista. Queima mesmo. Os donos de comércio estão perdendo mercadorias. E quem vai pagar isso?”, questionou.
A presidente da Câmara de Vereadores, Helena Lima, prometeu atuar de maneira rigorosa para solucionar o problema, e criticou a ausência do representante da CEA. “Nós convidamos, oficializamos e não tivemos a presença de alguém da companhia. Isso é lamentável e vamos tentar mais uma vez ouvir o representante da CEA, caso não compareça, aí sim vamos buscar garantir os direitos da população. Porque não é justo eles estarem tendo todos esses prejuízos”, falou.