DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MP) inspecionou na quarta-feira (25), o prédio onde funcionava, desde 1946, a tradicional Escola Estadual Barão do Rio Branco, no Centro de Macapá. Após constatação de abandono do lugar, a instituição cobrou providências ao governo.
De acordo com a Promotoria de Defesa da Educação do MP, na inspeção foi constatado abandono, saqueamento e depredação do imóvel.
“A ‘Escola Barão’ chegou a atender 1,2 mil alunos, e hoje se encontra abandonada. É inadmissível que a gestão pública não reconheça ou compreenda o significado que a escola representa para o estado. Um prédio que está pronto e necessitava apenas de alguns reparos, hoje encontra-se em total abandono. Nós percebemos que o tempo e o descaso estão sendo responsáveis pela perda do prédio”, falou o promotor Roberto Alvares.
A escola foi a primeira a ser construída em Macapá, à época, inaugurada pelo então governador do Território Federal do Amapá, capitão Janary Nunes.
Após a inspeção, o MP reuniu-se com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), para cobrar providências. O órgão estadual informou que existe um processo licitatório para reforma e adaptação do antigo prédio da Escola Barão do Rio Branco. Contudo, em decorrência de falhas no edital, conforme a Seed, o projeto teve que passar por ajustes técnicos.
“Enquanto isso o local fica servindo de abrigo para os baderneiros e usuários de entorpecentes. Um dos prédios mais antigos de Macapá vai se perdendo, e, com ele, o sonho de muitos alunos, obrigados a estudar em local visivelmente inadequado, o que nos força a dizer, que essa rica memória cultural da população amapaense, fica relegada ao plano do esquecimento. Inquietante”, lamentou o promotor.
Os quase 550 alunos do ensino fundamental e professores da escola estão em um espaço alugado pela Seed, na Avenida Iracema Carvão Nunes com a Rua Tiradentes, também no Centro de Macapá. O prédio alugado não possui a mesma estrutura, segundo o MP.