ANDRÉ SILVA
O advogado da proprietária da casa onde uma adolescente teria sofrido uma overdose de cocaína, na manhã do último sábado (28), procurou o portal SELESNAFES.COM para dar alguns esclarecimentos sobre o assunto. Eider de Paula Rodrigues revelou que o imóvel, localizado no Bairro do Trem, é objeto de um processo de partilha de bens, e sua cliente teme ser responsabilizada pelo ocorrido, o que poderia prejudicar o andamento do processo.
Eider de Paula explicou que a cliente estava em viajem e deixou a residência sob a responsabilidade de um sobrinho.
A intenção da proprietária é fazer com que a casa não fique com o estigma de um lugar usado para consumo de drogas e festinhas.
O advogado afirmou que recebeu informações preliminares da perícia técnica apontando que a causa morte da menor foi hemorragia interna, provocada pelo impacto causado após explosão de um rojão jogado na piscina onde estava Mariana da Silva Monteiro, de 15 anos.
“Segundo relato de testemunhas, o rojão caiu cerca de dois palmos de distância do peito dela. Por mais que o resultado (toxicológico) seja positivo ou negativo, o que importa é que, pelas características da morte relatadas pelos médicos e Politec, não foi uma overdose”, defendeu o advogado.
Esse argumento se contrapõe à informação repassada pela equipe médica do Hospital de Emergência à Polícia Militar. O boletim de ocorrência, inclusive, menciona a possibilidade de overdose.
O advogado garantiu que nunca havia sido realizada uma festa como aquela na residência, e sempre que a proprietária queria fazer qualquer comemoração convidava apenas amigos e familiares.
“Ela reside na casa e sempre que viaja deixa o imóvel aos cuidados de alguém da família. Neste fim de semana ela deixou com um sobrinho que chamou um conhecido que chamou outro, sem o consentimento dela”.
A proprietária prestou depoimento à polícia na segunda (30) e se colocou a disposição para eventuais necessidades.