CÁSSIA LIMA
O prédio da Escola Estadual Barão do Rio Branco, no Centro de Macapá, será reformado em 2018, segundo previsão da Secretaria de Estado da Educação (Seed). O imóvel histórico, desativado há 4 anos, está abandonado, e a instituição funcionando em um prédio alugado na Avenida Iracema Carvão Nunes.
A Seed informou que a reforma da escola é prioridade no próximo ano. O processo de licitação está programado para iniciar em janeiro. A nova arquitetura da instituição será executada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf). Pelo projeto, o antigo cinema que funcionava dentro da escola será transformado em um museu.
Em 2018, a escola tradicional amapaense completa 72 anos. Atualmente, o prédio, que já esteve cheio de alunos e que formou muitos amapaenses, está tomado pelo mato. Um dos portões laterais foi quebrado e no interior do terreno há muito lixo, criadouro de mosquito e até fezes.
Desde dezembro de 2013, alunos e professores aguardam pela reforma. O prédio, o primeiro em alvenaria de uma escola no Amapá, deteriorou-se, e foi alvo de furtos.
“Todos os anos, mandamos documentação para a Seed, mas, nunca temos resposta. Entra e sai diretor e não conseguimos um diálogo sobre o nosso prédio”, disse um professor que não quis se identificar.
Atualmente, no espaço alugado estudam 600 alunos do ensino fundamental II, mas, a cada ano a quantidade de matrículas diminui por causa das condições da instituição. Segundo os professores, apesar de ser climatizado, o espaço é pequeno e não tem quadra coberta.
“Nós ficamos frustradas com a o descaso da história do lugar. Estamos aqui com um conforto mínimo, mas não temos quadra coberta, as salas, como a biblioteca e leitura, dividem os mesmo ambientes, assim como, o Lied e TV Escola”, falou a professora Helen Lopes.
Escola de gerações
A escola Barão do Rio Branco foi a primeira escola construída em alvenaria em Macapá, na década de 1940. Ela formou dezenas de gerações e muitos profissionais públicos lembram os tempos de glória do lugar.
Inaugurada em 13 de setembro de 1946, pelo então governador do antigo Território Federal do Amapá, capitão Janary Nunes, a escola nunca passou por reformas.