ANDRÉ SILVA
Barqueiros que utilizam a orla de Macapá para desembarcar frutas para venda na cidade foram surpreendidos pela fiscalização da prefeitura. Na segunda-feira (6), melancias que chegavam nas embarcações foram apreendidas, e, após autuações aos trabalhadores, os produtos foram liberados.
A prefeitura informou que a ação integra o plano de reordenamento da orla da cidade, recomendado pelo Ministério Público Estadual (MP).
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Manoel Bacelar, o local correto para embarque e desembarque dos produtos fica em frente a feira do pescado.
Ele afirmou que o espaço conta com uma estrutura pronta para este tipo de atividade.
Bacelar disse que a secretaria vem orientando há vários dias os proprietários de barcos acerca do uso correto do espaço.
“O pessoal aproveitou essa situação e começou a fazer o embarque e desembarque do lado daqui. O agravante dessa situação é que o muro de arrimo está muito deteriorado e pode não suportar a movimentação”, alertou o secretário.
Além da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec), participaram da ação a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) e Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur), além da Guarda Civil Metropolitana de Macapá.
O feirante Urbano Chaves, de 34 anos, disse que tem um box de vendas de frutas, junto com a mãe, há mais de 10 anos. Para ele, o desembarque dos produtos na orla de Macapá “facilita a vida do barqueiro que não tem espaço para realizar o mesmo trabalho no local indicado pelos fiscais”.
“Eles vem com o barco cheio, e, para desembarcar, teriam que esperar a vez para encostar. Por aqui a vida deles fica mais fácil e eles voltam logo para casa”, justificou.
Bacelar informou que a prefeitura tem 60 dias para atender à recomendação do MP quanto ao reordenamento que vai desde a sede da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Amapá (OAB) até o Complexo do Araxá.