ANDRÉ SILVA
“Já fui assaltado quatro vezes”. A queixa é de Antônio de Brito Oliveira, de 62 anos, que é dono de um bar no Parque dos Buritis, zona norte de Macapá. Ele e outros moradores do local fizeram protesto na manhã deste sábado (11), reclamando de falta de segurança e infraestrutura.
A comunidade fechou uma das principais vias do bairro para reclamar, também, de falta de coleta de lixo e iluminação pública. Segundo eles, mais de 300 pontos de luz estão sem funcionar.
O programa Macapáluz informou que os serviços no bairro iniciaram neste sábado (11), na Rua Monte Alegre, e que em seguida, vão para a Rua João Cândido, prosseguindo durante a semana. Serão substituídos 400 pontos de luz no bairro.
Acerca da infraestrutura, a Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou que a equipe técnica já foi fazer a vistoria das ruas, e que verificaram a situação da Rua Santarém, a qual será colocada no cronograma de atividades do órgão, mas sem prazo para iniciar os trabalhos, pois aguarda a aquisição de uma nova patrulha mecanizada.
“Já colocaram pistola e faca em cima de mim, mas Deus é bom para mim, que nunca deixou que eles me matassem. Mas, se fosse pelos governantes e pela polícia, eu estaria morto”, protestou Antônio Oliveira.
Os manifestantes reclamam também da infraestrutura das ruas. Segundo eles, um exemplo é a Rua Santarém, que, disseram, no primeiro semestre deste ano passou por uma limpeza, mas, agora, está tomada por mato e lama.
“Você dá o seu endereço para um órgão público ou uma loja, quando chegam aqui ficam procurando a [rua] Santarém, porque não conseguem entrar. É impossível trafegar nela. Ninguém consegue entrar ou sair”, reclamou o autônomo Eliventon Miranda, de 39 anos, que mora no local há cinco anos.
Carlos Alcântara, presidente da Associação de Moradores do Parque dos Buritis, disse que a manifestação pacífica buscou cobrar melhorias para o bairro, segundo ele, prometidas pela prefeitura.
“Estamos sofrendo há dezesseis anos com os mesmos problemas. Queremos terraplanagem, asfalto, serviço social e lazer para a comunidade. Vamos fazer várias manifestações pacíficas até que eles atendam às nossas reivindicações”, falou.
Alcântara disse que só no mês de novembro, ele e outros moradores evitaram três tentativas de assalto na região, todas, praticadas pelo mesmo assaltante.
“Depois desse assalto, ele cometeu um outro jogando um pedaço de tijolo na cabeça de uma senhora, e pegou o celular dela. Ele foi preso, mas já está solto de novo”, lamentou.