CÁSSIA LIMA
“Sr. ladrão, após sua décima visita, informamos que não restou mais nada para você levar de nossa escola”. O aviso está em uma faixa colocada nesta semana ao lado da Escola Estadual Antônio João, no Santa Rita, em Macapá. A instituição já foi furtada dez vezes, e a comunidade escolar reclama de insegurança no local.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), em dez dias será concluída a instalação de vigilância monitorada na escola.
A medida de segurança não agrada a todos os servidores.
“Câmera não segura bandido. Nós queremos segurança de verdade. Não temos mais laboratório porque os computadores foram levados e até nossa merenda foi alvo de furto”, disse um professor que preferiu não se identificar por medo de represália.
Os furtos na escola têm sido frequentes desde junho. Já foram levados da escola botijão de gás, impressora, centrais de ar, computadores, alimentos da merenda escolar e até violões e teclados de um projeto social para alunos.
“Todo dia pensamos que vamos chegar à escola e encontra-la arrombada. Queríamos um vigilante ou uma ronda mais frequente da polícia. Nosso medo é de entrarem no meio da aula”, falou o professor.