SELES NAFES
Ao contrário do que foi divulgado por alguns meios de comunicação, a menina de 15 anos que morreu após passar mal numa festa com drogas em Macapá, no último fim de semana, não teve uma overdose. O delegado que investiga o caso, Sidney Leite, teve acesso ao resultado do exame cadavérico que apontou rompimento do baço provocado pela explosão de um rojão.
O indicativo de uma possível overdose partiu da equipe do Hospital de Emergência de Macapá, e foi acrescentada ao boletim de ocorrência da Polícia Militar, mas sempre no campo da suposição. O portal SELESNAFES.COM também tratou o assunto apenas como possibilidade.
O laudo oficial da Polícia Técnica do Amapá (Politec) ainda não ficou pronto, mas o delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos (DTE), recebeu a conclusão da perícia informalmente, e já sabe que não se tratou de uma dose excessiva de cocaína.
“Foi um rompimento do baço que provocou hemorragia interna e depois uma parada cardíaca”, relatou.
Na madrugada do dia 28 (sábado), Mariana Monteiro estava em uma festa conhecida como “resenha”, em uma casa no Bairro do Trem, área central de Macapá. É fato que a festa, que também ocorria na piscina, era regada à vodka e cocaína.
“Isso (consumo de drogas) é notório, todos confirmaram em depoimento”, acrescentou.
No entanto, por volta das 6h, um vizinho jogou um rojão que caiu na piscina ao lado da vítima. A explosão causou o ferimento interno que levou a adolescente a óbito, por volta das 11h, no Hospital de Emergência.
O vizinho foi ouvido em depoimento, e será indiciado por homicídio, mas disse que jogou o rojão para espantar pombos.
“Se eu constatar que ele está mentindo, a situação vai se complicar. (…) Estamos no fim do inquérito, faltando apenas algumas diligências”, concluiu Sidney Leite.