SELES NAFES
A Polícia Militar do Amapá confirmou, na manhã desta terça-feira (21), que um dos suspeitos de envolvimento na morte do sargento Hudson Conrado morreu numa troca de tiros com policiais militares do Estado do Tocantins. O confronto ocorreu no fim da noite da segunda-feira (20), em um assentamento rural.
De acordo com a comunicação social da PM amapaense, uma equipe da Força Tática do 9º Batalhão da PM de Tocantins recebeu denúncia anônima indicando o paradeiro de Wendell Clei Ramos Ferreira, de idade não informada. Ele estaria em uma casa no assentamento Maringá, município de Araguatins (TO).
A informação repassada aos policiais era de que entre os moradores havia um homem procurado pela Justiça e com vários mandados de prisão.
“Quando os policiais receberam a denúncia anônima eles não sabiam de quem se tratava. Só depois que eles levantaram o nome no sistema e encontraram três mandados de prisão por roubo, homicídio e latrocínio”, explicou o chefe de Comunicação Social da PM do Amapá, capitão Alex Sandro. Wendel Clei também era foragido do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
Às 23h42min, a equipe da Força Tática chegou ao imóvel indicado e foi recebida a tiros pelo criminoso. Houve o revide e o bandido foi atingido várias vezes. Ele ainda foi levado para um hospital próximo onde morreu.
Com ele, os policiais apreenderam um revólver calibre 32 e duas espingardas de fabricação artesanal.
O sargento Hudson Conrado, de 46 anos, foi morto na noite de 18 de outubro enquanto esperava a esposa em frente ao Museu Sacaca, onde ocorria um evento, na Avenida Feliciano Coelho, no Bairro do Trem. Ele morreu dentro do carro com vários tiros.
O delegado Celso Pacheco, da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECPP), que investiga o assassinato do sargento, acredita na tese de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Mas, apesar da morte de Wendell Clei, o caso ainda está longe de ser encerrado.
“Pelos indícios que levantamos até agora quem atirou contra o sargento foi o comparsa, que continua foragido”, revelou o delegado.
Para não atrapalhar as investigações, o delegado não quis revelar o nome do acusado que também está com a prisão preventiva decretada. Já se sabe a dinâmica do crime e até a rota da fuga foi monitorada.
“Esse que tombou morto no Tocantins temos testemunhas de que ele participou. Logo depois da morte, o comparsa também empreendeu fuga de Macapá e já temos até as imagens. Ainda preciso das informações oficiais do Tocantins para comunicar a Justiça daqui e incluir no inquérito. (…) Esses que praticaram o crime têm um elo de parentesco. (…) No momento certo nós iremos divulgar tudo”, comentou o delegado.