Mortes em série: debaixo de chuva, parentes de vítimas pedem respostas

Organização pede justiça contra os crimes “sem resposta”
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CÁSSIA LIMA

A chuva forte não atrapalhou a manifestação dos parentes de vítimas de violência em frente a Praça da Caixa D’água, na Rua Santos Dummont, no Bairro do Buritizal, zona sul de Macapá. Mais uma vez, os familiares de vítimas que morreram em confronto com a polícia ou foram alvo do “carro preto” e do “carro prata”, pediram justiça.

O ato ocorreu na sexta-feira (15), ocupando a parte da rua e chamando atenção de quem passava pelo local. A forte chuva não calou os pedidos de justiça e o clamor por avanços nas investigações dos casos. Houve outra rápida manifestação também no sábado (16).

Dona Maria do Socorro, mãe do Lucas Ferreira, clamou por justiça. Assista.

“O objetivo da nossa manifestação é pedir por Justiça. As famílias querem respostas. Temos aqui pessoas que perderam seus entes queridos e não têm resposta. Pedimos sensibilidade do poder público”, disse o organizador da manifestação, Matheus Silva, de 19 anos.

Dona Telma Saraiva foi uma das mães que participou dos atos. Ela é mãe do Anderson Kléber, morto no dia 5 de novembro na Avenida 13 de Setembro esquina com Avenida Minas Gerais. A vítima não tinha antecedentes criminais.

“Meu filho era inocente. Deixou mulher e muita saudade. Ninguém faz nada por ele. Queremos que o Ministério Público investigue esses casos”, disse.

Famílias ocuparam a Rua Santos Dumont. Fotos: Matheus Silva

Segundo a organização dos atos, uma outra manifestação está marcada para o dia 26 de dezembro. A proposta da coordenação é clamar atenção dos casos e pedir celeridade nas investigações para dar respostas às famílias.

Seles Nafes
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