DA REDAÇÃO
Policiais federais tiveram bastante trabalho durante o cumprimento do único mandado de prisão preventiva da 2ª fase da operação “Senhores da Fome”, deflagrada na manhã desta sexta-feira (15), em Macapá. Foi na residência do presidente da OCB, Gilcimar Pureza.
Além de resistir à prisão, o que gerou a necessidade do uso das algemas, ele tentou esconder o telefone celular, segundo a PF. O aparelho foi encontrado no ralo do banheiro, provavelmente escondido durante a chegada da Polícia Federal.
O presidente da OCB também foi autuado por desacato.
“Não permitiu a entrada dos policiais e a casa teve que ser arrombada. O celular estava no ralo do banheiro e ainda cometeu desacato aos policiais aqui na superintendência”, comentou o delegado da Polícia Federal, Victor Arruda, durante entrevista coletiva na sede da PF no início da tarde desta sexta-feira.
Gilcimar Pureza é apontado pela Polícia Federal, MPF e Controladoria Geral da União como sócio oculto da empresa Agrocoop, principal investigada na operação. A empresa é acusada de receber R$ 2 milhões da Secretaria de Educação do Estado (Seed) para fornecimento de itens para merenda escolar, mas apenas 70% dos produtos eram efetivamente entregues.
“Ele tomava decisões, inclusive sobre o contrato com a Seed que resultou no desvio de verba destinada à merenda escolar”, garantiu Arruda.
Na primeira fase da operação, no dia 31 de outubro, quatro diretores da Agrocoop foram presos e ex-diretores de escolas, que atestavam o recebimento de merenda, foram conduzidos coercitivamente.
Só depois disso, a PF informou que precisou solicitar a prisão preventiva do presidente da OCB. Ele ele estaria intimidando uma testemunha a não citar nomes no iinquérito.
O depoimento de Gilcimar Pureza na PF começou por volta das 15h. Ele deve ser transferido ainda hoje para o Iapen.