SELES NAFES
O presidente da representação no Amapá da Organização de Cooperativas do Brasil (OCB-AP), Gilcimar Pureza, foi preso, na manhã desta sexta-feira (15), na 2ª fase da operação “Senhores da Fome”. Segundo a Polícia Federal, ele tentava atrapalhar as investigações.
A operação foi conduzida por equipes da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União (CGU), que investigam o desvio de mais de R$ 2 milhões destinados à merenda escolar da rede estadual.
Os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva, de Gilcimar Pureza; além de três mandados de condução coercitiva e três de busca e apreensão, nos bairros do Beirol, Muca e Centro de Macapá.
A PF afirma que Pureza estava obstruindo as investigações, ao ameaçar funcionários da empresa Agrocoop que colaborassem com as investigações. Ele seria sócio oculto da empresa que é o centro da investigação.
“De acordo com o apurado, eles (os funcionários) não tinham conhecimento do funcionamento da empresa e constavam no quadro apenas para dar aparência de legalidade”, diz a PF, em nota.
A empresa Agrocoop é acusada de receber pagamentos da Seed e não entregar os alimentos. A PF diz que pelo menos 70% da merenda não era entregue.
Na primeira fase, deflagrada no dia 31 de outubro, a PF cumpriu 18 mandados, sendo quatro de prisão, além da condução coercitiva da ex-secretária de Educação do Estado, Conceição Medeiros.
O governo do Estado divulgou no mesmo dia que forneceu os indicadores que serviram de base para a investigação, e que já tinha auditado e exonerado os diretores de escolas envolvidos na fraude.
Uma entrevista coletiva foi confirmada para as 14h, na sede da Polícia Federal.