SELES NAFES
A Polícia Civil do Amapá vai pedir oficialmente que a Corregedoria do Tribunal de Justiça (Tjap) apure o vazamento nas redes sociais de um pedido de busca e apreensão feito pela Delegacia de Tóxicos (DTE). O mandado foi solicitado no inquérito que investiga o envolvimento de pessoas de classe média/alta com o tráfico de ecstasy, em Macapá.
Os mandados foram requisitados no último dia 15, e cumpridos durante o fim de semana. Contudo, dois dias depois, a polícia foi surpreendida com o vazamento da solicitação integral formulada pela DTE.
O arquivo está circulando nos grupos de Whatsapp, com um relatório extenso de atividades criminosas, organização do grupo, além de nomes e endereços. São dados altamente sigilos e cruciais para a investigação, mas que acabaram sendo compartilhados na rede com o nítido objetivo de expor alguns envolvidos.
No pedido, a DTE informa que o grupo é formado por 12 pessoas que estariam abastecendo festas eletrônicas com ecstasy trazido da Guiana Francesa e do Suriname. Uma empresária, por exemplo, teria investido na aquisição de pelo menos 2 mil comprimidos da droga.
Normalmente, é possível acessar no sistema Tucujuris apenas a decisão do magistrado determinando ou não a busca, e não o pedido integral com as razões apresentadas pela autoridade policial.
O vazamento, que se suspeita ocorreu no Fórum, não foi o primeiro e nem o segundo do ano. Além de expôr informações importantes do inquérito, divulgou dados particulares sobre pessoas que podem ser culpadas, mas que também podem ser inocentes, afinal, as investigações ainda não foram concluídas.
O mandado foi solicitado com pedido de decretação do segredo de justiça pelo delegado Sidney Leite, chefe da DTE. Procurado pelo portal SELESNAFES.COM, ele disse que não irá se pronunciar sobre o assunto.