DA REDAÇÃO
Uma força tarefa entre Governo Federal e Governo do Amapá foi firmada para conter o risco de rompimento da barragem de rejeito de mineração no distrito do Lourenço, no município de Calçoene, localizado a 360 de Macapá. O governador Waldez Góes (PDT), foi até Brasília na terça-feira (9) para buscar ajuda para solucionar a situação. As atividades na área, pertencente à Cooperativa dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal), estão suspensas desde dezembro do ano passado.
Reunido com secretários e ministros, o chefe do executivo amapaense definiu estratégias de ação envolvendo órgãos estaduais e federais com o objetivo de evitar um desastre na região que tem aproximadamente 6 mil habitantes, que vivem da exploração de ouro.
Ao receber a comitiva de autoridades do Amapá, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, alertou para a necessidade de rápida intervenção no local, comparando o caso com o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. O incidente é considerado um dos maiores desastre ambientais da história recente.
“Não queremos que o Lourenço se torne uma nova Mariana. Seria uma tragédia sem precedentes dentro da Amazônia que não podemos permitir. Por isso vamos unir forças para atuar e resolver o risco iminente”, disse o ministro.
O governador Waldez Góes analisou a situação destacando que, legalmente, o Estado não pode intervir diretamente na barragem e a Coogal não tem recursos para promover as correções necessárias.
“Por isto, queremos unir forças com órgãos federais que detém a responsabilidade legal quanto à atividade mineral para darmos solução para este impasse. Ao mesmo tempo em que queremos evitar danos ambientais e risco à vida dos moradores, queremos, também, que o Lourenço retome, dentro da legalidade, as suas atividades porque a economia daquela comunidade gira em torno da atividade mineral e essa situação causa problemas sociais”, avaliou o governador.
A comitiva do Amapá foi recebida também pelos ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e Carlos Marun, da Presidência da República. A força-tarefa é formada por técnicos e engenheiros das Defesas Civis Nacional e Estadual, dos Ministérios de Meio Ambiente (MMA), de Minas e Energia (MME) e da Integração Nacional, além de engenheiros especializados em barragens da Agência Nacional de Mineração – que substituiu o antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) – e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os representantes de cada órgão deverão se reunir no Amapá nos próximos dias para fazer uma inspeção minuciosa na Barragem do Coogal.
Foto destaque: arquivo/SN