CÁSSIA LIMA
Moradores da Av. Raimundo Álvares da Costa, no Centro de Macapá, reclamam do barulho e do mau cheiro, provocados, segundo eles, por um canil de uma ONG de proteção a animais.
“Eu acordo cheirando fezes. Isso quando eu durmo direito, porque de noite é um barulho só. Já tentamos dialogar com a dona, mas ela não toma nenhuma providência”, reclamou o homem que mora aos fundos do terreno onde funciona o canil. Ele preferiu não ser identificado.
A área fica entre as ruas Leopoldo Machado e Manuel Eudoxio Pereira. Por fora, há uma cerca de madeira e um muro, por onde dá para ver, por cima, os cachorros. São cerca de 10 em um espaço. Os vizinhos acreditam haver mais cães em uma casinha mais ao fundo. A reportagem constatou o barulho dos latidos durante as entrevistas.
O morador Alberto Vidal Pacheco, de 36 anos, disse que o local começou a abrigar animais e até teve apoio dos vizinhos. Mas a dona do terreno dizia que era provisório. A situação já dura um ano.
“Eu tive que dedetizar minha casa porque tinha carrapatos até nas roupas que ficavam no varal. Eu já nem trago visitas porque o odor é insuportável“, falou Pacheco.
Os moradores dizem que já buscaram os órgãos sanitários, e prometem acionar a Justiça para tentar resolver a situação. A legislação ambiental diz que a criação de cães em grande número deve ocorrer fora de áreas urbanas.
A dona do terreno, ao ser procurada, informou o contato do advogado da ONG Proteção Animal Costelinha, fundada pelo vereador Victor Hugo (PV). Até esta publicação, ele não havia retornado as ligações e nem o advogado.