CÁSSIA LIMA
A Secretaria de Estado de Tecnologia e Ciência (Setec), junto com a comunidade acadêmica, estuda viabilidades de projetos para uso de energia solar em domicílios no Amapá. A falta de tecnologia fotovoltaico com formato para a realidade da região Norte, no entanto, atrasa os trabalhos, afirmam.
A energia solar domiciliar foi apresentada como proposta do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), e aprovada pelo Conselho Deliberativo da Sudam, em dezembro do ano passado. Os recursos são em linhas de crédito, que vão somar R$ 120 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), administrado pelo Banco da Amazônia, o antigo Basa.
A proposta é trazer projetos, como políticas públicas para domicílios e comunidades com difícil acesso à energia, caso do Bailique e comunidade do Sucuriju.
“A falta de tecnologia para o Amapá tem causado demoras. Estamos pensando no que é viável para o Bailique, por exemplo, e esbarramos na falta dessa tecnologia com formato para o Norte do país”, reforçou o secretário de Tecnologia e Ciência, Rafael Pontes.
No último mês, o governo vem estabelecendo um grupo de trabalho junto com as universidades para desenvolver um projeto viável. Mas, até o momento, não há nada concreto. No papel, a Lei de Inovação de Ciência e Tecnologia busca fomentar o uso da energia solar.
Outros estados
Em outros estados do país, especialmente na região Nordeste, o uso da energia solar em domicílios é feito por um sistema fotovoltaico padrão, que é conectado na rede elétrica da casa. O sistema usa um kit de energia solar residencial com painéis fotovoltaicos ou placas solares, inversor solar, estrutura de fixação, cabos e conectores específicos para energia fotovoltaica. O material de alta qualidade tem duração de 25 anos.
Já o custo do material depende do tamanho da casa, de quantas pessoas utilizam energia e, principalmente, quanto de energia é consumido por mês. Mas, no geral, existe uma média, no país, de R$ 10 mil.