CÁSSIA LIMA
Os habilitados do concurso da Polícia Civil do Amapá iniciaram uma peregrinação em busca da classificação para o cadastro reserva. Eles dizem que o atual cadastro não supre as demandas dos próximos 4 anos, que é o prazo legal para chamada.
Os mais de 600 habilitados formaram a Comissão dos Habilitados do Concurso da Policia Civil. Eles acertaram 50% da prova, mas não estão habilitados para o cadastro reserva por causa do número reduzido de vagas.
A comissão já protocolou pedido de ajuda na OAB Amapá, e, nesta quarta-feira (24), eles procuraram o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Amapá (Sinpol/AP). O próximo passo, dizem, é protocolar documento semelhante no Ministério Público do Amapá.
“Nós queremos nos tornar classificados para suprir o déficit da Polícia Civil. A ideia é alargar esse cadastro reserva para que mais pessoas possam ser chamadas, mesmo que seja daqui a uns anos”, falou um candidato que não quis se identificar.
Para dar embasamento jurídico ao pedido da comissão, eles mostraram dados na reunião desta quarta-feira. Entre os citados, estão:
-A comissão alega que hoje 120 polícias civis estão com abono permanência esperando para se aposentar até ano que vem;
– 540 policiais estão aptos para transposição para a União;
– Da turma de 1993, uma média de 540 policiais podem se aposentar em 2019, pois completam 25 anos de serviço;
– O cadastro reserva possui pouco mais de 600 aprovados para os próximos 4 anos.
“Serão mais de 600 policiais que podem se aposentar e ir para a transposição, ou seja, o déficit vai continuar. Nós estamos iniciando um diálogo para que o governador nos habilite para sermos classificados. Isso precisa de um parecer jurídico”, disse outro candidato.
O governo do Amapá informou que fará análises sobre a proposta da comissão, e que assuntos importantes como o recurso financeiro, serão levados em consideração.