ANDRÉ SILVA
“O fedor é terrível”! A queixa é do morador Paulo da Silva Rocha, de 46 anos. Ele e outros vizinhos da Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec) reclamam de um forte odor que, suspeitam, vem de cadáveres expostos ao ar livre em horários específicos.
Os moradores de um residencial próximo a instituição localizada no bairro São Lázaro, zona norte de Macapá, dizem que o odor surge em horários específicos. Eles suspeitam que cadáveres sejam colocados para fora das câmaras frigoríficas, que estaria quebrada.
Paulo Rocha disse que a situação acontece há cerca de 6 meses. Ele afirmou ter visto corpos sendo lavados do lado de fora do necrotério da Politec.
“Os vi lavando cadáveres em uma área que tem aí. Um funcionário que trabalha aí já disse que a câmara está quebrada, mas o diretor disse hoje no jornal que é mentira e está tudo normal”, falou o morador.
O biomédico Francis Pereira, de 44 anos, confirmou que a situação acontece há algum tempo. Ele também acredita que o fedor esteja vindo de cadáveres expostos, e que surge normalmente depois de 18h.
“Quem fica na parte externa do condomínio é que sofre mais. Já tem algum tempo que isso vem acontecendo”, falou o biomédico.
Maurício Paschoal, também morador do residencial, contou que já ouviu relato de pessoas que trabalham no local que confirmam que o mau cheiro é de cadáveres fora das câmaras. Ele disse que procurou a direção do órgão, mas, nas duas vezes não foi atendido.
“Por ética, não vamos revelar o nome dos funcionários, mas eles confirmam que isso acontece. Estamos preparando um documento para enviar para eles, e, se nada for resolvido, vamos procurar o Ministério Público”, assegurou Pascoal.
O portal selesnafes.com procurou a direção da Politec, mas o diretor encontra-se de férias.