Policiais são acusados de roubar R$ 7 mil durante abordagem

Caso está sendo apurado pelas polícias Militar e Civil.
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CÁSSIA LIMA

Dois soldados e um sargento da Polícia Militar do Amapá são acusados de roubar R$ 7,3 mil de um motorista e de um gerente empresarial durante uma abordagem de rua. O caso já está sendo apurado pela Corregedoria da PM e Polícia Civil. Segundo as vítimas, os militares levaram o dinheiro sem dar explicações.

De acordo com o advogado das vítimas, Diego Morpheu, a abordagem foi violenta e com o uso de armas. Os homens foram revistados e os policiais foram embora levando R$ 300 do motorista e R$ 7 mil do gerente, diz. O dinheiro estava numa bolsa e seria para pagar os trabalhadores de uma empresa de pesca onde os homens trabalhavam.

Advogado das vítimas Diego Morpheu Foto: Cássia Lima

A abordagem ocorreu por volta de 20h do dia 15 de dezembro de 2017, na Rodovia Juscelino Kubitschek, no perímetro onde está localizado o depósito dos Correios. Uma viatura do 1º Batalhão da PM, onde estavam o sargento e os soldados, abordou o carro com o motorista Agenor Figueiredo Menezes, de 42 anos, e o gerente Diego Emerson dos Santos, de 32 anos.

“Assim que a viatura foi embora, eles procuraram a mochila e deram falta do dinheiro. No mesmo momento, eles foram à delegacia registrar boletim de ocorrência, e, em seguida, à Corregedoria da PM. Acho que eles pensaram que os meus clientes eram bandidos e não iam fazer nada”, falou o advogado.

Para Diego Morpheu, existem duas teses para o episódio: a primeira é a de que os militares sabiam do dinheiro e do pagamento, inclusive, havendo comprovante bancário do saque para pagamento dos trabalhadores. A segunda tese trabalha com a possibilidade de abordagem e roubo do dinheiro que eles, os policiais, achariam ser de drogas, acredita o advogado.

“Meus clientes são pessoas de bem. Não têm passagem nenhuma e têm como comprovar que esse dinheiro foi sacado para pagamento”, frisou o advogado.

Nesta terça-feira (30), ocorreria a primeira oitiva do caso na corregedoria, mas, foi remarcada porque os militares estavam cumprindo escala extra.

“Nós estamos acompanhando na corregedoria e na Polícia Civil. Estamos pedindo a devolução do dinheiro”, defendeu Diego Morpheu.

A Diretoria de Comunicação da Polícia Militar informou que já foi aberto um procedimento administrativo apuratório para colhimento das informações do caso. Segundo o assessor de comunicação da PM, capitão Alex Sandro, a polícia não vai se posicionar até o final do procedimento, quando serão ouvidos os envolvidos.  O prazo é de 20 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 20 ou 30 dias.

Seles Nafes
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