Produção de grãos no Amapá tem alta de 26%

Soja puxou o crescimento, com 27% de aumento em relação a 2106.
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ANDRÉ SILVA

A produção de grãos no Amapá, em 2017, registrou alta de 26%. A soja puxou o crescimento, com 27% de aumento em relação a 2016. Entre as culturas de longa duração, a mandioca foi a campeã, registrando alta de 11% em relação ao ano anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A soja lidera o grupo de produtos com maior produção agrícola no Estado. Em 2017, atingiu a marca de 54 mil toneladas produzidas, contra 42 mil toneladas, em 2016.

Entre 2016 e 2017, a colheita do grão cresceu, mas a previsão para 2018 é de que ela não crescerá além de 6.8%. O problema, segundo Raul Tabajara, do IBGE, é que os produtores não têm mais para onde expandir a lavoura.

“Eles estão tendo problemas com expansão de área. Soja só é rentável quando ela é plantada às margens de uma rodovia, por causa do maquinário. Aqui no Amapá ela poderia ser plantada na BR-156, mas você já viu como ela está? Eles também tiveram problema com licença ambiental”, falou Tabajara.

Ficaram atrás os outros grãos como: arroz, com 1.370 toneladas produzidas; feijão do tipo caupi, com 1.274; e o milho, com 1.564 toneladas.

Milho teve mais de 1,2 mil toneladas. Foto: Arquivo/SN

Entre as culturas temporárias de longa duração, aquelas que levam de um a um ano e meio para serem colhidas, a mandioca lidera como principal produto agrícola do Amapá nessa categoria.

Em 2017 foram produzidas 166 mil toneladas. Por causa do tempo que ela leva para ser colhida, Tabajara explicou que a quantidade produzida em 2017 é inferior ao que foi plantado em 2016, quando foram produzidas 148 mil toneladas. Este produto teve mais área plantada que a soja em 2017, sendo 20 mil hectares para a mandioca, contra 19 para a soja.

Das culturas permanentes, onde o fruto é colhido e a árvore é conservada, a laranja, com produção de 2 mil toneladas foi o único produto que apresentou queda, que foi de -8%.

A banana, que produziu 890 toneladas, contra 972 em 2016, segundo Tabajara, enfrentou problemas com pragas, e, por isso, sofreu um ligeiro crescimento de quase 4%.

A pesquisa é realizada pelo Grupo de Coordenação de Estatística Agropecuária do IBGE todos os anos.

Seles Nafes
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