DA REDAÇÃO
A Universidade Estadual do Amapá (Ueap) começa a sair da crise, e, finalmente, poderá voltar a planejar investimentos. O governo do Estado anunciou que as dívidas da instituição foram reduzidas em 92,5%, permitindo que a instituição volte à normalidade.
A Ueap foi criada em 2007, tem cerca de 3 mil alunos divididos em 12 cursos. Mas desde 2014 a instituição vinha capengando numa crise financeira que prejudicou aulas e provocou greves de alunos e servidores.
Em 2014, a Ueap tinha um rombo de R$ 4 milhões, mas fechou o ano de 2017 devendo R$ 300 mil, segundo dados da Divisão de Planejamento da Ueap.
O orçamento mensal da Ueap é de R$ 700 mil. A expectativa é de que no primeiro repasse do governo do Estado, em 2018, o restante do passivo seja logo zerado.
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Em maio de 2016, manifestantes trancaram os portões da universidade por quase 1 mês. Foto: Arquivo/SN
O reitor da Ueap, Perseu Aparício, disse a regularização das contas só foi possível porque o governo do Estado atualizou os repasses, permitindo o melhor gerenciamento entre receita, despesas e débitos, fazendo ainda com que a universidade se adequasse à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Perseu lembrou que no restante do Brasil a crise dos governos paralisou universidades e prejudicou semestres inteiros.
“A comunidade acadêmica vai ser impactada positivamente, seja no aumento do número de bolsas; na expansão dos serviços e projetos de assistência estudantil; aquisição de equipamentos para os laboratórios; ampliação da biblioteca e tantos outros benefícios”, descreveu o reitor.
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Reitor Perseu Aparício: equilíbrio foi alcançado com a regularização dos repasses. Foto: André Silva
O reitor adiantou ainda que nos próximos quatro anos serão construídos novos prédios da Ueap, além do novo Campus da Rodovia Juscelino Kubitschek, em Macapá.