ANDRÉ SILVA
Funcionários da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) voltam a reclamar da falta de medicamentos para pacientes em tratamento de câncer no Amapá.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a reposição dos medicamentos já está em andamento, e que uma licitação foi feita, mas alguns medicamentos continuam em falta por causa da ausência de empresas interessadas na licitação.
As queixas de falta de medicação são recorrentes, e acontecem desde 2010, segundo o Ministério Público Estadual (MP), que, por meio da Promotoria de Justiça em Saúde, abriu processo contra o Estado, com a finalidade de resolver a situação, mas, desde aquele ano, o executivo não vem cumprindo com os acordos estabelecidos e homologados em juízo.
O MP chegou a requerer o bloqueio de R$ 3,7 milhões da conta do governo, o suficiente para abastecer a Unacon por um período de um ano com medicamentos. O juiz da 3ª Vara Cível Ernesto Collares verificou que o valor de R$ 315 mil já está disponível para a compra, e determinou que a empresa Equinócio Hospitalar forneça imediatamente os 18 medicamentos que ele listou.
Por meio de nota, a Sesa explicou que já fez uma compra emergencial para abastecer a unidade até a conclusão de outros processos licitatórios que já foram abertos e encontram-se em andamento.
A instituição informou também que a Unacon está abastecida com 7 dos 18 medicamentos solicitados pelo MP, que são: Irinotecano de 100mg, Vinorelbina, Megestreol, Capecitabina, Doxorrubicina, Paclitaxiel e Carboplatina de 150mg. O Trastuzunabe já foi empenhado pela secretaria, mas o fornecedor ainda não o entregou.
Os medicamentos que ainda estão sendo licitados, segundo a secretaria, são: Daunorrubicina, Vimblastina, Idroxiuréia, Bevacizumabe de 100 e 400mg, Nedansentrona e Pamidronato Dissódico.