Empresa investe R$ 30 milhões no Porto de Santana e começa exportação para a Europa

Distância menor que a do Porto de Santos (SP) e política de isenção fiscal tem chamado atenção de investidores para o Estado como corredor de exportação viável
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DA REDAÇÃO

Aos poucos, o Amapá vai se apresentando para o setor produtivo como um corredor logístico viável de exportações para a Europa. Na semana passada, mais uma empresa começa a investir no Porto de Santana, a Caramuru Alimentos, com sede em Itubiara, no Estado de Goiás.

A companhia realizou o primeiro desembarque para exportação no último sábado (3) quando foram descarregadas 16 mil toneladas de farelo de milho vindos da cidade de Sorriso, no Estado do Mato Grosso. A carga chegou ao Amapá por via terrestre até o porto de Itaituba, no Pará e depois prosseguiu de balsa até Santana, de onde partiu para o Noruega.

A empresa justifica o investimento de R$ 30 milhões para se instalar em Santana porque economiza 1,5 mil quilômetros de viagem em relação ao Porto de Santos, no Estado de São Paulo.

 

A Caramuru Alimentos é a segunda empresa que investe em logística para armazenamento e embarque de alimentos no porto de Santana. A outra foi a Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport), criada por investidores mato-grossenses, exclusivamente para o transporte e logística de grãos no Estado.

“O Amapá está sendo a alternativa mais econômica e viável para o transbordo de cargas em relação a outros portos do País. Os investidores já estão de olho na nossa posição geográfica estratégica. Assim que outros produtores descobrirem que aqui existe essa logística mais econômica para a exportação, o nosso Estado irá despontar como exportador de grãos”, avaliou o diretor de Atração de Investimentos da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), José Molina.

De acordo com o governo do Estado, o trânsito fluvial no lugar das rodovias diminui o custo para os empresários que economizam no frete, além de reduzir a poluição ao meio ambiente. O transporte hidroviário emite seis vezes menos gás carbônico que o rodoviário e consome 19 vezes menos combustível por mercadoria carregada.

Outro fator que chama a atenção de investidores sobre o Porto de Santana é a política de incentivo fiscal estabelecida pelo governo. Dentre as medidas está a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedidos às empresas que se instalam na Zona Franca Verde (ZFV) de Macapá e Santana.

Para estimular a instalação de empresas no Estado, o governo enviou um projeto de lei que já foi aprovado na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) criando outros incentivos fiscais, como a redução de impostos na aquisição de maquinário. Contudo, algumas adequações foram feitas em conjunto com deputados e representantes da iniciativa privada, para debater e formatar a proposta que foi aprovada. Agora, ela se encontra em análise na Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Foto de capa: Maksuel Martins/Secom

Seles Nafes
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