CÁSSIA LIMA
Feiras itinerantes organizadas por angolanos, indianos e africanos foram alvo de um manifesto entregue nesta sexta-feira (16), pela Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio) e Bloco Empreendedor do Amapá (Beap) à Associação dos Municípios do Amapá (Ameap). Os empresários dizem que a prática é ilegal por não ter a igualdade de condições.
Segundo o presidente da Fecomércio, Eliezir Viterbino, os comerciantes estrangeiros não pagam tributos de alvarás, notas fiscais, não geram empregos e nem deixam capital no Amapá.
“Nós queremos que os gestores municipais entendam que isso é nocivo para o comércio local. Ninguém é contra essa prática, mas queremos que eles paguem os mesmo requisitos legais que a gente”, reivindicou Viterbino.
O documento entregue contém três premissas: a de que os gestores observem a prática do comércio estrangeiro; que os comerciantes de outros países paguem os tributos dos produtos; e que haja uma fiscalização dos órgãos competentes.
“Nós vamos buscar junto com as entidades empresariais um processo de conscientização dos nossos empreendedores. Em Santana, nós temos essa dificuldade, mas vamos fazer campanhas sobre isso. E depois vamos cobrar de todos”, disse o presidente da Ameap e prefeito do município de Santana, Ofirney Sadala.
Durante a entrega do manifesto, os comerciantes amapaenses destacaram feiras itinerantes nos municípios de Santana e Laranjal do Jari. Dentre os produtos à venda, estão roupas, calçados e produtos eletrônicos.
“Nós queremos que os produtos estejam certificados na origem, assim como fazemos no estado inteiro. Queremos que todos estejam dentro do preceito da legalidade”, disse o presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia), Jaime Nunes.