ANDRÉ SILVA
Moradores da Comunidade Carobal, na zona rural de Macapá, entre Macapá e Itaubal, encontraram quatro macacos mortos em área de mata. Uma das pessoas que achou os animais disse ter visto um deles agonizando até a morte. Equipes da prefeitura de Macapá foram até o local, mas não encontraram material suficiente para fazer a análise e concluir um diagnóstico.
A suspeita da população é de contaminação por febre amarela. A Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (SVS) afirmou que desde 2008 não há registros da doença no Amapá. Mesmo assim, disse estar agindo preventivamente, com a cobertura vacinal dos pouco mais de 40% da população que ainda não se vacinaram. A meta para os próximos dias é alcançar 90% de imunização.
Maria Angélica, técnica da SVS, informou que a equipe da prefeitura esteve ao local indicado pelos moradores, só que, ao chegar lá, havia apenas as carcaças dos animais, em estado avançado de decomposição. Para esse tipo de exame, diz ela, é necessário sangue ou tecidos moles, para envio ao Instituto Evandro Chagas, para análise.
“O que nós podemos fazer, e é o que foi feito, foi orientar as equipes dos dois municípios para intensificar a vacinação naquela área, porque a única maneira de prevenção é tomar a vacina. Apenas uma dose é para a vida toda”, falou a técnica.
Angélica reforçou que há mais de 10 anos não há registro de infecção provocada pela febre amarela no Amapá, e que os casos registrados são de pessoas vindas de localidades de outros estados, que encontram no Amapá o caminho mais curto para buscar ajuda.
Macacos mortos
Há duas semanas, moradores do Carobal encontraram quatro macacos da espécie guariba mortos no mato. Um dos bichos, segundo testemunha, cambaleou antes de cair morto.
Um dos moradores que veio a Macapá, no início da semana, entregou fotografias dos animais mortos à prefeitura.
“A gente está preocupado porque tem muita gente que não é vacinada lá. E aí a gente vê essas notícias de macacos que morreram aí para fora”, falou Bonifácia Ferreira dos Santos, de 68 anos.
O portal selesnafes.com não conseguiu ter acesso às imagens.