LEONARDO MELO
Um adolescente de apenas 15 anos assumiu a morte de outro menor, ocorrida na madrugada do último dia 14, na área de pontes da “Baixada Pará”, no Bairro do Pacoval, zona leste de Macapá. Segundo a Polícia Civil do Amapá, a morte derivou de uma briga ocorrida no percurso da Banda, o maior bloco de rua do Carnaval amapaense.
A vítima foi Caio Rodrigues da Silva Araújo, o “Monstrinho”, de 17 anos, morto a facadas dentro de uma casa onde tentou se esconder dos agressores. Depois de ser golpeado, ele foi retirado do imóvel e jogado dentro do lago. O corpo só foi retirado com a chegada da Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec).
O caso foi assumido pela Delegacia de Homicídios (Decipe).
“Eles já tinham uma rixa, e na Banda eles se encontraram quando o bloco passava pela Avenida Feliciano Coelho. Foram para a briga, mas foram separados pela PM e cada um seguiu seu rumo”, explica o delegado Ronaldo Coelho, que conduz as investigações.
No entanto, o menor de 15 anos, que responde pelo apelido de “Bolo”, na companhia de Daniel Barbosa da Silva, o “Bozo”, de 18 anos, foi atrás de vingança na Baixada Pará. Eles sabiam que poderiam encontrar Caio Rodrigues no local.
Os dois foram ouvidos nesta segunda-feira (19) pelo delegado Ronaldo Coelho, e irão responder ao processo em liberdade, já que escaparam do prazo de prisão em flagrante, que é de 24 horas.
“O maior disse que deu uma cacetada, mas estamos investigando para saber se o que eles falam de fato aconteceu”, ponderou o delegado.
Este foi o único homicídio ocorrido durante todo o período carnavalesco, no Amapá. Como foi uma morte ocorrida fora de evento carnavalesco, as autoridades consideraram que, oficialmente, o Carnaval não teve mortes violentas.