ANDRÉ SILVA
O inquérito policial que apura as circunstâncias da morte do vigia Adriano Furtado da Silva, de 30 anos, que fazia a segurança no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Amapá (OAB), está na fase final.
Adriano da Silva foi morto durante uma ocorrência policial de roubo ao Banco Santander, no dia 10 de abril de 2017. A Polícia Civil apura dois crimes em inquéritos diferentes, um por fraude processual e outro por homicídio.
“Não tenho mais dúvida de que foi homicídio”, disse o delegado Celso Pacheco, da Delegacia Especializada em Crime Contra o Patrimônio (DECCP).
Em relação ao inquérito por fraude processual, o delegado não quis dar mais detalhes. Mas ele relaciona o ocorrido à cena do crime. Segundo as investigações, no dia do episódio, a sala de informática do banco foi invadida e alguns objetos foram danificados, mas as imagens originais não foram perdidas, porque estavam em outra sala. Ele falou ter havido violação da cena do crime.
O delegado disse que encontra dificuldade para individualizar a participação dos policiais na morte do vigia. Eles ainda serão ouvidos como parte final do inquérito, e serão indiciados.
A conclusão da perícia dará mais informações sobre o bandido que tentou roubar o banco, e também foi morto durante a ação, diz Pacheco. Segundo ele, o criminoso não tinha identificação, mas as investigações apontam que ele não era do Amapá. O nome dele não foi revelado.
Pacheco garantiu que o inquérito ficará pronto depois do período de Carnaval, quando os policiais serão ouvidos.
“Quero encerrar antes, até porque é uma responsabilidade minha com a família, que busca por resposta”, disse o delegado.
O presidente da OAB, Paulo Campello, confirmou a estimativa do delegado em relação à conclusão do inquérito, e disse que apresentará o resultado do caso em uma coletiva à imprensa, que será marcada também após o período de Carnaval.
“O que posso adiantar é que os policiais envolvidos na fatídica operação serão indiciados”, falou Campello.
No dia do crime, o vigia trabalhava sem uniforme que o identificasse. O notebook dele foi achado por policiais no local do crime. O aparelho estava linkado em uma página de estudos para concurso público. Adriano da Silva trabalhava havia 3 anos no prédio da OAB.