Quase 2 anos depois, morte de funcionário do HE é reconstituída

Jairo Fernandes Palheta Pereira foi morto a tiros na Praça Chico Noé; acusado responde em liberdade
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LEONARDO MELO

A Polícia Técnico Científica e a Polícia Civil do Amapá realizaram na noite desta terça feira (27), a reprodução simulada de um crime ocorrido no dia 10 de agosto de 2016, na Praça Chico Noé, no Bairro do Laguinho.

O acusado do crime, Welignton Cotes Lopes, de 27 anos, o “Neném”, não participou da reprodução. Apenas as testemunhas se colocaram à disposição dos delegados Ronaldo Coelho e Alan Moutinho, responsáveis pelo inquérito policial. Welington Cotes Lopes foi indiciado por homicídio doloso e aguarda decisão da justiça em liberdade.

“As testemunhas repetiram as mesmas informações e para a polícia não há dúvida desse caso”, disse o delegado Ronaldo Coelho.

Jairo Palheta: desentendimento com suspeito cinco dias antes. Foto: arquivo familiar

A reprodução foi solicitada pela defesa do acusado que afirma ter ocorrido uma confusão com o nome de seu cliente.

“Essa reprodução é pra confirmar se realmente foi dessa forma que o fato ocorreu. Sempre foi dito desde o início que o acusado não tem nenhum tipo de participação. No dia do crime ele estava com o pai dele na funerária onde trabalham. Em função da ocorrência no hospital o nome do meu cliente apareceu”, disse o advogado Kleber Assis. 

O crime
Jairo Fernandes Palheta Pereira, de 31 anos, foi morto a tiros na noite do dia 2 de agosto de 2016, durante uma partida de futebol no campo da Praça Chico Noé. O crime foi praticado na frente de várias pessoas, que apontam Welington Cotes como autor do crime.

De acordo com testemunhas, o acusado chegou à praça numa motocicleta, estacionou e foi até a beira do campo. Ao avistar a vítima, se aproximou e disparou várias vezes. Em seguida, montou na moto e fugiu em disparada.

Delegados Ronaldo Coelho e Alan Moutinho: inquérito não deixa dúvidas de que Wellington Cotes é o autor do crime. Fotos: Olho de Boto

Jairo Fernandes foi ferido gravemente. Ele ainda foi socorrido até o Hospital de Emergências, onde morreu no dia seguinte. O crime abalou a família que duas semana depois perdeu também a mãe da vítima.

“Minha mãe faleceu quinze dias depois da morte do meu irmão. Ela andava muito triste, chorava muito e veio a óbito por infarto”, contou uma irmã de Jairo Palheta. 

Advogado Kleber Assis: Cotes estava trabalhando no momento do homicídio

A motivação
Jairo Fernandes Palheta Pereira trabalhava numa empresa terceirizada no Hospital de Emergências de Macapá (HE) e Welington Cotes trabalhava para uma funerária captando clientes pelas dependências do HE.

No hospital, dias antes do crime, os dois se desentenderam por causa do sumiço de uma garrafa de álcool que Jairo usava na limpeza. Welington Cotes se sentiu ofendido e teria prometido acertar contas com Jairo.

O crime ocorreu 5 dias após a discussão. O inquérito da Polícia Civil foi concluído e o processo está em andamento. O acusado nega a autoria e continua em liberdade.

Seles Nafes
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