ANDRÉ SILVA
O Hospital de Emergência de Macapá (HE) instituiu na quinta-feira (8) uma portaria que tem a finalidade de combater o assédio sexual e moral contra pacientes e funcionárias da unidade. Recentemente, um técnico em enfermagem e uma funcionária do hospital foram flagrados oferecendo lugar na fila de cirurgia ortopédica em troca de dinheiro e sexo. Ambos foram presos, e liberados para responder em liberdade.
Segundo o diretor do HE, Waldir Bittencourt, a portaria busca criar mecanismos internos para proteger as mulheres e resguardá-las dentro do hospital, onde o corpo de colaboradoras é de 80%.
Ele explicou que há muitos relatos e poucos registros desse tipo de violação ao direito feminino no hospital, e que aportaria surge como um canal onde funcionárias e pacientes poderão registrar qualquer tipo de assédio.
“Para que a gente possa eliminar, de fato, da nossa instituição o assédio moral e sexual contra as mulheres que são as principais vítimas disso”, reforçou Bittencourt.
Ele disse que o objetivo é empoderar a mulher para que ela possa sentir-se segura para denunciar.
“Para se quebrar o ciclo desse tipo de violência, é preciso que ela tome uma atitude”, orientou o diretor.
Bittencourt explicou também, que a portaria se espelha na lei Maria da Penha, que, em um de seus artigos, diz que o poder público deve desenvolver políticas que venham garantir os direitos humanos das mulheres, tanto no âmbito familiar e doméstico, quanto no trabalho.
A portaria permiti a criação de uma comissão que vai apurar as denúncias de pacientes e funcionárias no local onde aconteceu, e encaminhá-las à direção para que as providências legais sejam tomadas.