OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá prendeu, na manhã desta terça-feira (6), o principal acusado da morte de um segurança durante um latrocínio ocorrido no ano passado. Mateus Pinheiro Ferreira, de 21 anos, o “Bozo”, estava com a prisão preventiva decretada.
A prisão foi feita pela Delegacia de Roubos (DECCP). Na madrugada de 3 de abril do ano passado, o segurança André Almeida Nunes, de 22 anos, estava voltando de um plantão numa casa noturna. Ele morava no Bairro Brasil Novo.
O caminho para casa foi interrompido por três criminosos armados com facas que anunciaram um assalto. Eles queriam a mochila e a bicicleta do segurança.
O corpo da vítima foi encontrado na manhã seguinte, na Avenida Joaquina da Silva Amaral, no Novo Horizonte, por volta das 5h. O segurança foi morto a facadas. Na época do crime, a polícia chegou a interrogar dois suspeitos, mas eles foram liberados.
As investigações foram conduzidas pelo delegado Wellington Ferraz. Depois de várias diligências e depoimentos, os agentes chegaram aos criminosos. O caminho que a bicicleta fez depois do crime, passando por uma oficina e depois sendo vendida a terceiros, levou a polícia à identificação de Bozo e dos dois adolescentes.
“Foi ele (Bozo) o principal articulador do crime, porque anunciou o assalto e cravou a faca no tórax da vítima. Mais dois adolescentes confessaram participação. (…) Se vangloriavam para algumas pessoas dizendo que tinha sido os autores do fato. Eles confessaram e deram os detalhes”, comentou o delegado.
Entre esses detalhes, os acusados alegaram que só mataram André Nunes, que tinha grande porte físico, porque depois do assalto eles teriam sido atacados por ele. Houve luta corporal, com o segurança sendo esfaqueado várias vezes.
A vítima ainda caminhou por cerca de 50 metros, mas desfaleceu logo em seguida. O laudo necroscópico confirmou que ele morreu em função da hemorragia.
Os três bandidos foram presos pela equipe da DECCP nos bairros Jardim Felicidade I e II. A bicicleta ainda não foi recuperada, porque ela já foi revendida duas vezes.
Bozo foi indiciado por latrocínio e associação criminosa. Os adolescentes foram liberados, mas eles responderão pelo “ato análogo ao crime de homicídio”. Nesses casos, a internação máxima é de 3 anos.