SELES NAFES
O governador Waldez Góes (PDT) não deverá interferir na disputa entre Gilvam Borges e Fátima Pelaes pela indicação de candidatura ao Senado. Ambos concorrem, dentro do MDB, para ver quem será o segundo candidato da aliança encabeçada pelo PDT. Os aliados consideram essa crise doméstica altamente complexa, principalmente porque os dois estão irredutíveis.
No arco de alianças de Waldez, o primeiro pré-candidato confirmado para o Senado é Lucas Barreto (PTB). Ele desembarcou no governo, no fim do ano passado, impondo uma condição a Waldez: Gilvam Borges não seria o indicado para a segunda vaga.
Fátima Pelaes é a secretária nacional de Políticas para as Mulheres. Além do status de ministra, ela tem um enorme prestígio dentro do governo Temer. É a que mais tem força, atualmente, dentro do MDB amapaense.
Para complicar o lado de Gilvam, que vem de uma série de derrotas nas urnas, a saída de Sarney em definitivo do cenário político do Amapá o enfraqueceu ainda mais.
Tanto ele, quanto Fátima, já disseram que não pretendem abrir mão de disputar o Senado.
Em tom apaziguador, Gilvam tem dito que a legenda poderia comportar dois candidatos ao Senado, mas, na prática, sabe que financeiramente isso seria inviável. A estimativa de custo de uma campanha para o Senado é de no mínimo R$ 3 milhões.
No final das contas, terá a indicação quem se articular melhor por cima.