ANDRÉ SILVA
Comunidades ribeirinhas do Amapá terão, ainda neste ano, uma nova alternativa de tratamento de água própria para o consumo: a Solução Alternativa Coletiva Simplificada de Tratamento de Água para Consumo Humano (Salta-z). Segundo a Fundação Nacional de Saúde no Amapá (Funasa), cada município vai receber cinco unidades do sistema, totalizando 81 comunidades atendidas.
O sistema foi criado por técnicos da Superintendência da Funasa no Pará.
A primeira comunidade a receber uma unidade do sistema foi a de Apurema, no município de Tartarugalzinho, distante 230 quilômetros de Macapá. O produto é composto por uma caixa d’água, canos e o filtro que contém o mineral Zeólita. Esse mineral elimina todas as impurezas da água. Cada kit custou cerca de R$ 10 mil.
Na prática, o líquido que é captado do rio é armazenado na caixa d’água. Em seguida, ele passa pelo tratamento com cloro e logo depois é enviado para o filtro que completa o processo de purificação.
Essa tecnologia é voltada especificamente para comunidades ribeirinhas, extrativistas, quilombolas e comunidades que não têm acesso à água potável. A implantação do sistema atende à portaria do Ministério da Saúde, que preconiza o acesso de água potável para todos os brasileiros.
Segundo o superintendente da Funasa no Amapá, Alderico Pinheiro, apenas 47% da população do Amapá têm acesso à água potável.
“Para atender a essa população que não tem acesso aos grandes sistemas de abastecimento de água, foi criado esse micro sistema”, falou o superintendente.
Para a instalação do sistema, as prefeituras se responsabilizam pela construção do castelo onde fica a caixa d’água e reposição do cloro. Os próximos municípios a receberem o sistema serão Vitória do Jari e Mazagão.