CÁSSIA LIMA
A aposentada Alzenira Maciel de Souza, de 82 anos, espera, sem resposta, por uma cirurgia no fêmur no hospital da Unimed, unidade do bairro Marco Zero, zona sul de Macapá. A idosa ficou em jejum e o procedimento chegou a ser marcado, mas, na hora da cirurgia, não havia material.
Alzenira de Souza paga o plano de saúde da Unimed há muitos anos. São R$ 1,5 mil por mês. No dia 11 de março, deu entrada no hospital. Ela já faz tratamento contra um câncer de mama e teve fratura no fêmur direito. A reclamação é de dores intensas.
Segundo a nora da aposentada, Rosana Olívia de Souza, de 54 anos, a cirurgia foi marcada duas vezes. A mais recente ocorreu na segunda-feira (19). Alzenira ficou em jejum desde o dia anterior, mas, na hora da cirurgia, o procedimento foi cancelado.
“Ela ficou em jejum por horas, e, quando o médico chegou, o aparelho de imagem não estava funcionando. Ficaram tentando consertar, mas, o resultado foi que a liberaram do procedimento porque o material não estava funcionando”, conta, indignada, Rosana de Souza.
Rosana já reclamou várias vezes e pediu retorno à direção da Unimed, mas, diz que nunca obtém resposta. Depois de muito tentar, conseguiu falar com a direção da Unimed Fama, de Manaus. Ela quer a transferência da idosa para o São Camilo.
“Não queremos mais diálogo. Queremos transferência e vamos processar a unidade. Estão lidando com vidas e tem esse descaso todo. Exigimos respeito”, lamentou.
A direção da Unimed informou que houve uma demora no procedimento porque o equipamento estava em manutenção, e, que, como a cirurgia era eletiva, ou seja, não era de urgência, pode esperar. A gerência garantiu que em breve a aposentada será submetida ao procedimento.
Até as 14h40 desta terça-feira (20), a aposentada ainda aguardava a transferência do hospital, e a família disse não receber informação nenhuma.