CÁSSIA LIMA
Os pacientes que são atendidos no Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) do Amapá poderão, a partir de 2019, ser submetidos a tratamentos com plantas medicinais e fitoterápicos. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (7), com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica e Científica para o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
O termo foi assinado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto de Estudos e Pesquisas do Amapá (Iepa) e Universidade Federal do Amapá (Unifap), no gabinete da Sesa, no Centro.
Inicialmente, serão produzidos dois fitoterápicos regionais pela farmácia de manipulação do Iepa. A Pomada de Andiroba e Óleo do Sacaca, que são produtos para inflamação e alergia. Outros três fitoterápicos industrializados, que constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), serão disponibilizados para os usuários posteriormente.
“Isso representa uma agregação à saúde do Amapá. São produtos que a floresta nos oferece para, justamente, fazermos esses tratamentos contra inflamação e alergias. Eles são gratuitos à população atendida pelo SUS”, destacou o secretário de Saúde do Amapá, Gastão Calandrini.
Os produtos serão manipulados pelo Iepa, e a dispensação vai ocorrer por meio do Cerpis. A capacitação e treinamento dos profissionais serão de competência da Unifap.
“Serão 800 unidades extras desses dois medicamentos. A Sesa nos repassará os insumos para que a gente produza exclusivamente para eles. E a secretaria vai fazer essa dispensação pelo Cerpis. Paralelo a isso, vamos continuar a venda na farmácia do Iepa”, frisou o diretor do Iepa, Jorge Souza.
A dispensação faz parte de um projeto piloto onde os dois medicamentos são financiados pelo Ministério da Saúde, ou seja, o paciente não vai pagar pelos fitoterápicos.
“Para o paciente ter esses medicamentos, basta ele estar em tratamento no Cerpis e ter indicação médica. Esses fitoterápicos serão uma opção a mais no tratamento. E queremos ampliar isso para as UBS’s [Unidades Básicas de Saúde], posteriormente”, disse a coordenadora do Projeto de Implantação do Uso de plantas Medicinais e Fitoterápicos na rede SUS do Amapá, Juliane Esbizero.