DA REDAÇÃO
Pelo segundo dia consecutivo, a Polícia Federal no Amapá realizou operação para o cumprimento de ordens judiciais. Desta vez, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no inquérito que investiga, desde o ano passado, a exploração de ouro no município de Tartarugalzinho, cidade a 232 quilômetros de Macapá.
A “Operação Fast Food”, um desdobramento da “Estrada Real”, ganhou esse nome porque os principais envolvidos se encontravam em lanchonetes de Macapá em horários atípicos. As reuniões eram monitoradas por agentes.
Entre os investigados, estão servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e empresários que pagavam propinas em troca de licenças de mineração. Nenhum nome foi divulgado pela PF.
A negociação entre servidores e empresários era feita por intermediários, de acordo com a Polícia Federal, que divulgou uma nota à imprensa na manhã desta quinta-feira (12). Os crimes investigados são de corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa.
Os mandados foram cumpridos em Macapá e Santana, em endereços ligados a intermediários das transações. Foram apreendidos documentos e mídias digitais que passarão por perícia.
Na quarta-feira (11), a PF já tinha cumprido mandados em quatro estados na continuação da Operação Olho de Tandera, que investiga fraudes em fundos de previdência que deveriam ter sido aplicados no mercado financeiro.