PF prende dois no Amapá por fraude em fundos de previdência

Operação foi deflagrada nos estados do Amapá, Pará, Tocantins e Santa Catarina. Santana Previdência teve prejuízo de R$ 800 mil
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SELES NAFES

Duas pessoas foram presas no Amapá na “Operação Colinas de Rocha”, deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (11), em quatro estados. No caso do Amapá, os suspeitos teriam envolvimento com a fraude num contrato de investimento do fundo previdenciário dos servidores públicos do município de Santana, cidade a 17 quilômetros de Macapá.

A Colinas de Rocha, alusão ao lugar destinado aos gananciosos no Inferno de Dante, cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão no Amapá, Pará, Tocantins e Santa Catarina. Na prática, foi a 2ª fase de outra operação, a “Olho de Tandera”, deflagrada em setembro do ano passado.

O objetivo é investigar um grupo de empresas que atuava irregularmente nos quatro estados captando recursos de fundos previdenciários de pequenas cidades sob o pretexto de investir no mercado de ações.

A PF não divulgou o nome da empresa envolvida no golpe do Amapá, mas, em Santana, o Ministério Público denunciou no ano passado a Êxito Assessoria, do empresário Elton Félix Gobi Lira, que chegou a ficar preso por cerca de seis meses, em Belém.

Elton Félix Gobi Lira é o dono da Êxito Consultoria. Foto: Arquivo

Ele é acusado de oferecer um contrato fraudulento para a Santana Previdência, e de desviar os R$ 800 mil do fundo previdenciário que deveriam ter sido aplicados por ele na bolsa de valores, em 2015.

O mesmo teria ocorrido em Oeiras (PA), onde o valor do prejuízo teria chegado a quase R$ 15 milhões. Pessoas físicas também teriam sido enganadas pela empresa. 

O ex-prefeito de Oeiras foi indiciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e o empresário foi libertado em dezembro. No entanto, ele continua respondendo aos processos. A PF não divulgou se o mesmo grupo está envolvido nas fraudes ocorridas em Santa Catarina e Tocantins. 

20 de setembro de 2017: agentes cumprem mandado no apartamento da empresária Dayane Lima. Foto: Arquivo

Na operação Olho de Tandera, deflagrada em setembro de 2017, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no apartamento da empresária Dayane Lima, ex-candidata a vice-prefeita de Macapá pelo PHS, em 2016, na chapa encabeça por Dora Nascimento (PT). Dayane Lima tinha sido companheira e sócia do empresário. 

Seles Nafes
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