OLHO DE BOTO
Um agente da policial civil foi morto a tiros na noite desta terça-feira (17), no bairro Buritizal, na zona sul de Macapá. O crime ocorreu na Avenida 1°de Maio, por volta das 21h. Asplenio da Costa Ribeiro, de 52 anos, estava na frente de um comércio quando foi surpreendido por dois criminosos que, com armas em punho, tentaram render a vítima.
De acordo com testemunhas, o agente teria reagido, tentando tomar a arma de um dos bandidos. Houve luta corporal e o policial foi atingido com um tiro no tórax. Ao cair, ele teria levado pelo menos mais dois tiros.
Policial foi surpreendido pelos criminosos na frente de um comércio. Fotos: Olho de Boto
A ação criminosa foi gravada por uma das câmeras do comércio onde a vítima estava. As duas câmeras frontais do estabelecimento não gravaram o momento exato do crime, porém, uma câmera lateral mostra os bandidos chegando num carro branco, provavelmente um Renault Sandero.
A dupla sai do carro e vai em direção ao comércio, que havia acabado de fechar. Enquanto isso, o motorista faz a manobra e estaciona o carro às margens do canal, em posição de fuga. Após os disparos, os bandidos retornam ao carro e fogem sem levar nada.
O agente ficou agonizando na calçada, gravemente ferido. Depois foi levado às pressas em carro particular até o Hospital de Emergências, onde morreu minutos depois.
Asplenio da Costa Ribeiro portava uma pistola, mas não chegou a sacar. A arma foi entregue à Polícia Civil.
Policiais realizaram buscas por suspeitos, mas até o momento ninguém foi preso
A morte do policial mobilizou a categoria, que se uniu aos policiais militares do Bope, Força Tática e 1º BPM e saíram em busca dos autores do crime. Porém, até o momento ninguém foi preso.
Asplenio Costa Ribeiro era lotado na delegacia do Bairro Zerão, na zona sul da capital. Tinha mais de 25 anos de polícia e se preparava para ingressar no quadro federal. Ele deixa mulher e filhos.
O crime vai ser investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP). Informações que possam ajudar a polícia a esclarecer o crime podem ser repassadas pelo telefone 190. A identidade do denunciante será mantida em sigilo.
Levado ao HE, Asplenio Costa Ribeiro não resistiu aos ferimentos
“Infelizmente, nós enquanto policiais temos que ter esse preparo para encarar os fatos. Todos estamos sujeitos a passar por isso. Mas é mais um herói. Deixa a família, colegas. Temos que conviver com essa perda, encarar a vida e esperar que toda a PC tente se proteger mais tendo em vista o que ocorreu com o colega. É lamentável”, desabafou um agente, colega do policial.
A polícia ainda não se pronunciou sobre o caso.