CÁSSIA LIMA
A professora Rilene Vila Lobato, de 45 anos, briga há quase três anos para receber o pagamento de três meses de serviços prestados à prefeitura de Santana, município distante 17 quilômetros de Macapá. A trabalhadora diz que necessita do dinheiro para um tratamento contra psoríase.
A Secretaria de Educação do Município de Santana informou, por meio de nota, que “tem feito o possível para sanar as dívidas deixadas por gestões anteriores, que lamenta as dificuldades, e que, mesmo sem orçamento, tem estudado alternativas para realizar os pagamentos”, diz a nota.
Rilene Lobato trabalhou, por meio de um contrato, em 2015, na Creche Escola Igarapé da Fortaleza. Além dos três meses de salários, ela não recebeu a rescisão do contrato como diretora, afirma.
“Eu trabalhei como qualquer outro profissional, mas não recebi o que é meu, por direito. Já tentei por várias vezes diálogo com a prefeitura, e procurei também o Ministério Público, mas, até agora, nada”, disse a professora.
A professora, que faz tratamento contra psoríase, está desempregada e diz precisar do dinheiro. Ela tem laudos que apontam a doença, e também documentações dos salários atrasados.
“Sempre que vou a secretaria, me dizem que a dívida era da gestão anterior. Mas eu não trabalhei para a gestão, trabalhei para o município. E vou continuar cobrando e brigando por esses pagamentos”, disse.
Segundo a Secretaria de Educação do Município de Santana, “técnicos foram nomeados para analisar todos os pedidos, averiguando cumprimento dos requisitos necessários, evitando, assim, que haja qualquer pagamento indevido”, diz a nota.