SELES NAFES
O presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia), Jaime Nunes, alertou, nesta terça-feira (29), para o risco de desabastecimento de legumes, frutas, ovos, hortaliças e outros produtos do campo a partir de amanhã. No entanto, ele descartou a possibilidade de faltar combustível e gás a curto prazo.
Por causa do isolamento por Amapá por via terrestre, o sistema que transporta combustíveis para o Amapá é o fluvial, por isso o Estado ainda não foi atingido pelo desabastecimento vivido nos demais estados brasileiros.
O combustível consumido no Amapá chega em balsas que se abastecem diretamente em refinarias do Estado do Amazonas que ainda não enfrentam bloqueios dos caminhoneiros em greve.
No entanto, a situação é preocupante para os produtos hortifrutigranjeiros.
“Se a greve não terminar logo teremos um desabastecimento desses alimentos. No Amapá, o estoque é maior devido ao pulmão das empresas de supermercados e atacadistas que costumam fazer estoques para durarem de 12 a 15 dias. Estamos na expectativa para que a greve termine de hoje para amanhã, se não haverá desabastecimento”, comentou Jaime Nunes.
Segundo o presidente da Acia, mais de 90% das mercadorias que abastecem o comércio chegam por meio de caminhões e navios, modal conhecido como “rodo-fluvial”.
“Agora, nos últimos anos, implantamos o modal “cabotagem”, que é por contêineres. No Porto de Santos, por exemplo, em vez de os produtos embarcarem em caminhões eles têm sido embarcados em contêineres trazidos por navios até o Amapá”, explicou o presidente da Acia.