CÁSSIA LIMA
Nos dias 12 e 13 de maio o Amapá estará representado no projeto Fricções, no Sesc Ipiranga em São Paulo. A artista visual e pesquisadora amapaense Ana Valéria Ramos apresentará no espaço a performance “Negro É Meu Corpo Ancestral”.
“Saber que as mulheres negras do AP têm essa força e através desse trabalho levar o nome do Amapá, é maravilhoso. O negro do norte tem diferenças com o resto do Brasil porque temos uma forte influência indígena”, disse a artista que é natural do Quilombo do Curiaú.
A performance desenvolve as vertentes da cultura negra por meio da expressão corporal e da memória. O espetáculo tem duração de 30 minutos e trata da objetificação e mercantilização do corpo da mulher negra, candomblé e origens africanas e afro-americanas.
Além disso, a apresentação mostra a ancestralidade do corpo da mulher negra dentro da linha de umbanda e do candomblé. Dando destaque para o corpo que já sofreu mudanças, sensualidade e as forças da natureza que dominam o corpo.
O projeto “Fricções” é formado por uma série de espetáculos que tratam da diversidade por meio de diferentes linguagens e formatos dentro da arte. Os trabalhos são selecionados e apresentados no Sesc Ipiranga.
A artista
Valéria Ramos é formada em artes visuais pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e integra o grupo de pesquisa e extensão Ewê. Ela pesquisa sobre arte afro brasileira e sobre a cultura nas casas tradicionais de matriz africana, além de fazer estudos sobre o Marabaixo e o batuque na comunidade.
Foto de capa: divulgação