ANDRÉ SILVA
Na hora do sufoco, a criatividade é uma saída para não ficar sem dinheiro. Paulo Vitor, de 29 anos, é um exemplo disso. Há um ano ele paga as contas de casa e ajuda no sustento dos pais, fabricando e vendendo um brinquedo que ele criou, o ‘Bob Bolha’.
Paulo Vitor é de Prainha, município do Pará, e está no Amapá há mais de quinze anos. Ele disse que enquanto morava no Pará só trabalhou em serviços braçais e pesados. Chegou a trabalhar com roça e como serralheiro em regiões de mata, derrubando árvores.
Em Macapá, ele já trabalhou vendendo algodão doce, em lojas e como ajudante de pedreiro.
A ideia para a confecção do brinquedo, conta, nasceu de uma brincadeira e da necessidade. Ele afirma que a criação é dele.
“Muita gente diz para mim: acho que tu viu isso em algum lugar. Para falar a verdade, acho até que as pessoas copiam isso de mim”, falou.
O Bob Bolha consiste em um pedaço de isopor, arame, sabão líquido e um copinho descartável. Ele disse que para usar o brinquedo, o manipulador precisa ter a técnica certa. Depois de dominá-la, é possível criar bolhas grandes e pequenas. (assista ao vídeo)
Além de inventor, Paulo Vitor também é músico e faz apresentações com um repertório sertanejo em bares e festas em Macapá. Ele disse que com a venda dos brinquedos e com as apresentações, conseguiu gravar seu primeiro CD com músicas autorais.
Paulo Vitor aproveitou a programação do Dia do Trabalho, na manhã desta terça-feira (1º), no Estádio do Zerão, para ganhar um dinheirinho a mais.