Especialistas explicam como planejamento e vontade política geram desenvolvimento

Cidade do Panamá sedia o Congresso Mundial de Náutica
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Da Cidade do Panamá, SELES NAFES

O segundo dia do 34º Congresso Mundial de Náutica (Pianc), na Cidade do Panamá, mostrou exemplos de obras estruturantes que modificaram completamente o sistema de transporte de cargas em várias partes do mundo, graças a investimentos de parcerias público-privadas.

O Amapá, que tem um potencial ainda não explorado devidamente, está sendo representado no evento pelo vice-presidente mundial da Praticagem, Ricardo Falcão.

Falcão encomendou o maior e mais detalhado estudo de viabilidade já feito sobre a potencialidade de uma área ao norte da capital, entre Macapá e o município de Itaubal. O levantamento está sendo feito por uma equipe de PhDs da Universidade de São Paulo (USP).

Uma das palestras que ocorrem simultâneas reúnem empresários, práticos, estudiosos, engenheiros e outros profissionais do setor mundial. Fotos: Seles Nafes

Palestra com especialista australiano

Enquanto o estudo não fica pronto, Falcão está no Congresso Mundial de Náutica conversando com empresários e especialistas de várias nacionalidades sobre a possibilidade natural de um mega-porto no Amapá, muito mais próximo dos mercados consumidores na Europa e América.

O congresso reúne empresas transportadoras, armadores, práticos e estudiosos, e termina na próxima quinta-feira (10), com uma visita ao Canal do Panamá.

Nesta terça-feira (8), dois palestrantes PhDs da Argentina, mostraram como obras viabilizaram a construção de um porto em Bahia Blanca. Uma das palestrantes mostrou uma ponte foi construída sobre o mar para ligar as estradas do continente ao porto.

“E é um porto muito pequeno perto do que um dia teremos no Amapá”, comparou o vice-presidente mundial da Impa.

Falcão conversa com brasileira especialista em náutica

Outra palestra, de uma especialista da Holanda, reforçou a necessidade de incluir as incertezas do futuro no planejamento.

“O número de hoje não significa que a carga estará valendo um certo valor, e que o navio será um certo tamanho, pois são muitos anos a frente. Então no nosso projeto temos que considerar essas incertezas para que quando o porto comece a operar ele não esteja sobrecarregado, mas que esteja pronto para as décadas seguintes. Esse porto tem que estar pronto para operar com folga pelos próximos 40 anos”, explicou Falcão.

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