CÁSSIA LIMA
As obras do Hospital Universitário em Macapá, que estavam a todo vapor, diminuíram de ritmo nesta semana. O motivo, segundo a Universidade Federal do Amapá (Unifap), foi o atraso na entrega de materiais que estariam parados por causa da greve nacional dos caminhoneiros. Com isso, algumas frentes de serviços pararam e outras diminuíram o ritmo.
Segundo o consócio Jota Ele, responsável pela obra, alguns fornecedores não entregaram materiais devido ao bloqueio de estradas e rodovias pela greve dos caminhoneiros. Além disso, matérias primas também não chegaram de Belém (PA).
“Recebemos uma única notificação sobre o atraso do material e a paralisação de uns serviços. Hoje mesmo nós fizemos, por escrito, um pedido para novos esclarecimentos do consócio. Nós sabemos que isso poderia afetar algumas frentes de trabalho desta semana e da semana que vem”, disse a reitora da Unifap, Eliane Superti
Ela garantiu que não procede a informação de que o consócio estaria dispensando trabalhadores por falta ou atraso no pagamento, mas, disse que também pediu esclarecimentos sobre os boatos de dispensa de operários, ao consócio, que tem o prazo de 24h para responder às solicitações, segundo Superti.
O hospital está localizado no campus Marco Zero, no bairro Universidade, numa área entre o estádio Zerão e a Unifap. A obra ocupa aproximadamente 40 mil metros quadrados e está estimada em quase R$ 200 milhões, sendo que R$ 100 milhões já foram alocados pela bancada federal.
Ao todo, o hospital terá 300 leitos, sendo 240 de internação e 60 de UTI, de média e alta complexidades. Além disso, serão 800 consultas diárias, 10 salas de cirurgia, heliporto e a integração do Amapá à Rede de Transplante da Região Norte.