No AP, greve completa 4 dias e caminhoneiros prometem bloquear rodovia JK

Protesto começou no último dia 24. Caminhoneiros de empresas estão sendo impedidos de prosseguir viagem
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SELES NAFES

Caminhoneiros do Amapá entraram nesta segunda-feira (28) no 4º dia de bloqueio parcial da Rodovia Duca Serra, na zona oeste de Macapá, um dos dois acessos para o município de Santana. Eles prometem estender a manifestação até a Rodovia JK, na zona sul de Macapá, a partir de hoje.

O bloqueio, que é pela redução no preço dos combustíveis, começa logo após a confluência da Duca Serra com a Rodovia AP-440, o “Ramal do KM-9”. Cerca de 80 veículos, entre carretas, caçambas e outros tipos de caminhões, estão estacionados nos dois acostamentos.

Um dos sentidos está fechado, e o outro vem sendo liberado em intervalos de 3 a 5 minutos, tempo suficiente para formar longas filas de carros de passeio.

“Muito complicado. Faço todos os dias esse trecho para Santana e levo uns 20 minutos. Agora estou levando uns 50 minutos”, comentou o motorista profissional, Erenilson de Souza.

Fila de caminhões começa próximo da Rodovia AP-440. Fotos: Seles Nafes

Funcionários de transportadora estão impedidos de prosseguir viagem há 4 dias

A exemplo do restante do Brasil, os caminhoneiros estão liberando a passagem de caminhões com produtos perecíveis, ambulâncias e de insumos hospitalares. A PM ainda não precisou intervir.

“Por enquanto, o protesto é pacífico. Um lado da pista está liberado, enquanto o outro está fechado”, explicou o sargento F.Queiroz, do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE).

Moisés, um dos líderes do movimento, dá entrevista em programa de rádio

Um dos líderes dos caminheiros, que pede para ser identificado apenas como Moisés, disse que não há previsão para suspender o movimento, apesar do acordo anunciado na noite deste domingo (27) pelo governo federal após reunião com lideranças do movimento.

“Enquanto o movimento lá fora existir, estaremos unidos aqui no Estado. Estamos com apoio de taxistas e motoristas de aplicativos. Só vamos parar quando esse problema for resolvido em todo o Brasil”, explicou Moisés.

Caminhões estão parados nos dois acostamentos

Caminhoneiros estão se alimentando em acampamento

Acampamento

Os caminhoneiros organizaram um acampamento onde estão cozinhando e fazendo o café da manhã. Também há uma televisão para acompanhar o noticiário sobre a manifestação no restante do país.

Mas nem todos que estão no bloqueio aderiram ao movimento. Funcionários de empresas que transportam toras de eucalipto e combustíveis foram obrigados a parar na rodovia desde a última quinta-feira (24), quando o protesto começou no Amapá.

Policiais do BPRE acompanham a manifestação

O preço do diesel é um dos motivos da greve

A liderança do movimento não informou em que ponto a JK poderá ser bloqueada, mas afirmou que mais motoristas estão aderindo ao movimento. A estimativa dos grevistas é de que cerca de 1 mil caminhões circulem em todo o Amapá.

Apesar do bloqueio, por enquanto não há desabastecimento de combustíveis e nem de alimentos no Amapá.

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