Onda de furtos assusta moradores do Macapaba

Bandidos estariam usando chave-mestra para crimes
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ANDRÉ SILVA

Uma onda de furtos a residências no conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá, esta tirando o sono de moradores. Segundo eles, os bandidos estão usando chave-mestra para abrir os apartamentos durante a madrugada. Alguns pulam janelas. 

Enquanto os donos dos imóveis estão dormindo, ou não estão nos apartamentos, os ladrões aproveitam para levar tudo. Um grupo de moradores, que não será identificado, enviou para o portal SELESNAFES.COM o registro do momento em que homens invadem um apartamento (foto de capa) durante o dia.

Ivanize Prata, de 37 anos, disse que tomou um susto quando acordou pela manhã e viu a porta aberta. Ela explicou que  a polícia disse que os bandidos usam uma espécie de chave para abrir os apartamentos. O apartamento dela foi invadido na madrugada da última sexta-feira (4) para sábado (5).

“A gente não vê sinal de arrombamento. A fechadura estava normal como se tivessem usado a chave normal para entrar. Eles só não entraram no quarto porque estávamos com a porta do nosso reforçada. O pior é que são moradores de lá”, relatou.

Criminosos entram na madrugada. Foto: André Silva

Evanilda de Sousa Alves, de 34 anos, disse que os furtos acontecem praticamente em todos os blocos. Ela contou que os bandidos usam táticas para entrar nos apartamentos.

“Eles jogam uma pedra na janela. Se ninguém aparecer, eles deduzem que não tem ninguém e entram”, contou.

A mulher relatou que os ladrões chegam a arrancar os parafusos que seguram as grades das janelas de alguns apartamentos para entrar.

Para evitar furtos, moradores colocam grades nas casas. Foto: André Silva

Dificuldades

A Policia Militar (PM) disse que tem realizado rondas no local, mas o baixo número de policiais não permite a realização de um trabalho de qualidade. Na Unidade de Policiamento Comunitário (UPC), ficam quatro policiais por turno. Três fazem as rondas na única viatura usada para cobrir todo o conjunto, e um outro fica no posto para dar auxílio.

O Segundo Batalhão da PM (2º BPM), disse que encontra dificuldade em cobrir toda a zona norte. Além da viatura da UPC, o Bope e a Força Tática dão apoio ao policiamento ostensivo no conjunto.

UPC conta com número baixo ode policiais. Foto: André Silva

“Os policias encontram dificuldades em enxergar o que está acontecendo dentro dos blocos. Na maioria das vezes essas pessoas ocupam esses apartamento e não moram de fato lá. Eles deixam o tempo todo sozinhos e os indivíduos ficam analisando e efetuam o delito”,  disse o tenente Ivanildo Albuquerque da divisão de comunicação do 2º BPM.  

Alguns aparelhos já foram recuperados, mas a instituição diz que não consegue fazer um levantamento real da situação porque a maioria das vítimas não fazem o boletim de ocorrência.

Foto de capa: reprodução

Seles Nafes
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